terça-feira, março 09, 2021

É como se eu já tivesse lido e relido tudo, é como se não fosse o bastante olhar para cima e não ver nada, tinha de brotar, ou nascer, algo no peito para dizer: Ei, não era para ser você, nunca seria.
Eu simplesmente olho para a poça d'água e me vejo, me olho... sempre concluo que por mais límpida que fosse a água minha imagem sempre levaria um pouco de lama. Realmente, sou desesperado e perdido, acoado e aflito, eu não me entendo como também não entendo ninguém. Eu tenho tanto medo de perder que nem vejo que já perdi, que não sou mais útil, que não importa eu ter escolhido ficar.
Se o adeus soa como nunca mais, o que é o tchau? O tchau me soa tanto, mas tanto como um princípio de nunca mais, como algo que vai se acabando, que está pegando impulso para levantar voo do repouso que fez ao meu lado.
Eu não tenho medo de ficar sozinho, eu tenho medo de me sentir insuficiente. 

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