Rabiscos ao negro quadro
Lotado num enquadro de aflições.
Presença da esperança,
Que tem rosto de criança.
Há um sofrimento batendo à porta
Do meu peito eu sei
Que a vida tem uma faca que corta
De meu leito eu hei
De viver esperando um acolhimento
Talvez regenerador, não só do tórax
Mas também do pensamento.
Não adianta o polimento com bórax
A porcelana dos meus ossos se marcaram
Com o corte causado pelo desapego
Com a ausência dos abraços, do aconchego.
Ícaro L. M. de Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário