sexta-feira, março 30, 2012

Republicação (Falta de tempo para escrever) _ Proibido de existir



Sinto medo de querer estar com você,
Seu cheiro me atrai.
Seu olhar,
Seus conselhos,
Suas risadas pra mim bastam.
Mas sangue do meu sangue te quer entre os braços.
Frustração,
Ódio,
E compaixão.
Roubar-te e levar para longe.
Entrar na floresta de espinhos para que não nos encontrem,
Esses meus desejos guardo num baú,
Junto com meu amor por você que não podem saber,
Junto da frustração e do ódio,
Só me resta a compaixão que tenho pelo meu irmão,
Só sobra o meu sacrifício,
Só sobra o saber de te querer,
O saber de não te ter,
Saber que não me quer.
No final só me resta sofrer,
Deixar que meu sangue fale mais alto,
Deixar de gritar de cima do monte.

É incrível como você foi feita para mim,
E triste o como não fui feito para você.
A Fera que se apaixona pela Bela,
E a Bela que só quer a Fera como amigo.
O cara que tem tudo
Menos o que mais queria.
Infelizmente essa é uma batalha que não posso lutar,
Só posso me entregar,
Só devo me entregar.
Só sou o guardião que se sacrifica pela rainha,
Mesmo que o que ela faça não me agrade,
É só o que devo fazer,
Morrer por um amor que não é meu.

O ferro do meu coração não vai resistir,
Mais o ferro de minha mascara nunca ira cair.
Que sangue do meu sangue consiga te fazer feliz,
Porque por vocês,
Não vou mais prosseguir.



Ícaro Leandro.

sábado, março 17, 2012

Futuro



Os dias passam e o sol nunca se deita, as lagrimas nunca secam, e a injustiça ainda reina.... O dia só irá acabar quando as lagrimas não caírem mais, e quando quem deve salvará a humanidade. Só o homem pode se salvar.

Ícaro Leandro

segunda-feira, março 12, 2012

O grito que de nada valeu


A lagrima que cai e ecoa pela terra,
Olhar perdido no luar,
O vento batia em seu rosto e levava o  sofrimento.
O problema é que para o sofrimento sair ele fere,
Fere desde a alma ao seu ultimo fio de cabelo...
O vento leva,
Mas o espaço da agonia lá fica,
E você acaba respirando a dor.
Esse é o sentimento que tem cheiro,
E que com a brisa da noite te leva de volta a seções de tortura,
A lua que ilumina o que antes se chamava alma,
O orvalho que umedece seu espirito afogado.
Mesmo tão morto o homem não desiste de buscar a cura...
O longo caminho do desespero,
Agonia,
Arrependimento
E do auto perdão.
O vento levou para muito longe a sua dor,
Que pelos olhos derramou...
Tal homem cultuava a dor.
Mas de abstinência
Sentia aflição pela falta da dor,
Ele com o tempo seguiu o cheiro do vento gelado da noite,
Sem mais pensar no sofrimento o homem muito atento
Buscava agora alimento,
O corpo vazio, o vazo sem planta,
Agora precisava de água,
De sol.
Precisava de amor.
Durante o dia não conseguia enxergar a luz,
aquela forte energia o consumia e o enfurecida,
Sendo assim sua busca pelo amor só se cumpria regada pelo luar.
Por anos e anos
Todas as noites aquele corpo oco andava em busca de amor.
Uma alma mofada já tinha aquele homem,
Prestes a morrer,
O seu corpo consumido pelo tempo caiu...
Deitado a terra molhada,
degustou da água barrenta.
Nunca antes teve um momento de reflexão,
E em seu leito morte percebeu que o seu amor tinha encontrado a muitos anos,
Ele por todo o tempo se amou,
E buscou o seu melhor...
Mas de nada mais valia aquele sentimento...
Com muita dor e angustia o homem gritou:
“Ser amado independe de duas pessoas, ou de alma, ou de PAZ!”
E nesse mesmo instante vomitou a água barrenta que havia tomado,
junto ao seu ultimo fio de vida.

Ícaro Leandro