De que adianta o dia belo se não posso ficar feliz?
De que adianta construir um castelo se só de vez em quando o sol vem e diz?
Vem nos dias em que nada dá certo, nem uma palavra se encaixa num suspiro infeliz.
Deviam inventar um engenheiro do planejamento do dia, gastaria todo meu dinheiro no projeto dele só para que de alguma forma desse certo.
A hora rolou, a lágrima passou, mas o dia não é ruiz.
quarta-feira, janeiro 28, 2015
sábado, janeiro 24, 2015
Iemanjá
Sou filho da geração, vindo de uma mãe coração. A grande mãe de tudo, que acolhe a qualquer um sem olhar os erros ou defeitos, que faz suas cicatrizes serem fonte do seu maior dom. Não há matizes que não podem ser abrasados no seu abraço. Iemanjá gerou a vida, gerou o mar em seu ventre, mas poderia ter o feito com as lágrimas de todos que já acolheu.
Ícaro L. M. de Souza
Ícaro L. M. de Souza
Palavra
Palavra
cantada, compilada, editada, ritmada e ditada, porém, muitas vezes perdida e
sofrida, só por ser amada, gerada e concebida, por vezes, mal dita.
Palavra cantada que lavra a ordem, que grita perturbada,
que vomita sentimentos calada com cara de irritada.
Palavra que não me deixa dormir enquanto não for
transcrita e moldada, conforme os eixos da palavra mandada.
Frase mal formada e mal criada, que sempre acaba calada
quando se vê escrita e domada pela minha mente gelada, que tem mania de por
fogo da encantada em tudo que é parada de repouso para os meus olhos que
insistem em cantar.
Volte
Quando
você se vai
Minha
alma se esvai
E grita
em busca da ternura
Que vem
com sua boca e perdura
Até
simplesmente eu poder
Eternamente
encarar o seu doce olhar.
Ícaro
L. M. de Souza
21/09/2014
Por favor, me diga!
Vai
dormir sem me dizer
Se hoje
ainda é capaz de sentir
O mesmo
de ontem
Ou se
agora já é a hora de entender
Que se
o hoje chegou, ele já é maior que o passado.
Que
nunca será deixado de lado
Que
sempre será louvado
Nas
memórias que tenho do seu rosto próximo ao meu.
Ícaro
L. M. de Souza
21/09/2014
Bravura do Poeta
Me causam tempestades
Não me deixam fazer as pazes
Toda as horas me lembram que
Com elas não há crase
São agudas sim
Pontudas que entram como agulha
Mas na hora de sair, fazem
curva
Como quem fisga no afã de
simplesmente nos rasgar.
O homem é peixe que morre pela
boca,
O poeta é peixe que costura a
boca,
Não só na fúria para mais uma
vez abocanhar.
Mas na bravura de mais uma vez
poder recitar.
Ícaro
L. M. de Souza
10/09/2014
O sequestro da menina da janela
Havia uma menina numa janela
Ela olhava para o céu
E eu olhava para ela.
O céu era dela
E ela só no meu olhar
Era minha.
Havia uma menina muito singela
O céu olhava para ela
E eu, no reflexo dos olhos das
estrelas
Era parte dela.
Havia uma janela singela
O céu olhava para a janela e
perguntava:
“Aonde está aquela?”
E a janela exclamava:
“O menino levou a bela! Ele foi
dizendo que é para você, agora, enxergar todo o seu cosmo no reflexo dos olhos
dele, pois é lá que está ela.”
Ícaro
L. M. de Souza
08/09/2014,
às 23:51.
Minha Juliana não era apenas um sonho, ela é a verdade de mim, de nossa vida.
sexta-feira, janeiro 23, 2015
Cosmo dominação de mim
Cósmica paciência
Que tem essa garota
Dominadora de minha ciência.
Lógica veemência dessa ternura
Que me encara com seu ar de
bravura
Suspirando os perfumes de seus
pulmões
Em meu bendito rosto que é seu
Lavando minhas mãos nesse teu
sopro chamado brisa
Trágica força de minhas pernas
que se acaba com o toque de seus dedos
Em meu rosto com pouca barba,
me provocando com seu gosto.
Divino arrepiar do espírito
Que se aconchega com seu corpo
entrelaçando-se ao meu.
Heróica areia que transcorre o
tempo, forma seu desenho,
Deixa meu coração atento e nos
prende em uma redoma
Para que na permanência dos
anos tenhamos um ao outro
Na paz de nossa tempestade, no
engenho de nosso vento.
sexta-feira, janeiro 02, 2015
Sobre a saudade
Com o rosto apertado pelo travesseiro afogo meus olhos nas lágrimas e os sinto sendo lubrificados pelo sentimento da saudade. Essa emoção é um tanto quanto sem piedade... não aceita lamúria e caminha assim, não nos libertando. E não importa o tamanho de homem que sou, espero a liberdade do seu beijo chorando.
Assinar:
Postagens (Atom)