Quantas vezes nós nos
arrependemos das coisas? Quando nos arrependemos vemos o quão orgânicos somos,
pois, nesses momentos queremos ser um ser sem vida, um pedaço de plástico, que
nunca pensou ou sentiu, que nunca soube se existiu, que nunca se indagou sobre
o alheio, sobre o perfeito, sobre o imperfeito, sobre as possibilidades do
certo, que nunca escorregou ao dizer dos certos incertos, que nem sequer quis
um dia ser um verso a lápis para ser apagado por uma borracha que nunca saberá
de si.
Sempre que tomamos e retomamos
o nosso ser orgânico de ser, tendemos ao desejo de retornarmos ao vázio,
pendemos no desejo de não querer ser.
Ícaro L. M. de Souza