Exilado da vida,
Falta alguma faz na terra
O homem que só tenta erguer os outros está caído
Abandonado, traído, ferido.
Escuta o silencio arranhar a lousa vazia e desprovida do conhecimento.
Esse homem é um morto vivo,
Sendo ele um dos maiores que pisa na terra,
É tratado como quem é da esbórina
Cão de rua,
Recebe os restos de quem nada faz.
Chutado pela manhã,
Pela tarde,
E para não morrer de fome
Chutado pela noite.
Noite que o engole e suga suas energias,
Dorme o resto que lhe sobra
E ainda na mente é perturbado.
Maltrapilho sábio,
Vive na sarjeta.
Esse sábio é o mais perigoso
Por isso tratado dessa maneira,
Iludindo-o dizendo que é fraco.
Sendo ele a maior arma contra o sistema.
Ícaro Leandro