quinta-feira, junho 23, 2016

Contraposto ao Sol


Quanto tempo de vida resta? Será que dá tempo de tirar um sesta? Tenho preguiça de levantar e encarar o sol, prefiro as luzes noturnas, de timbres soturnos... Me refiro à beleza destas, nem sempre a sombra se remete à tristeza, minha vida.
         O meu caminhar, ele talvez se fizesse mais firme, mais preciso, se eu pudesse passear pela vida da ternura à noite, que é de um tempo tão precioso.
            Eu sei que sou uma pessoa confusa, que talvez, mais de uma vez, eu me perderia por aí se fosse assim. Mas eu sei, e muito bem, que o luar não teria o olhar de me julgar se eu partisse assim... Seríamos, aliás, bons companheiros.
            Mas a indisposição pode estar atrelada a mim, não ao período que você, vida, estabelece como comum. A culpa não deve ser sua, e eu também não tenho pressa, só tenho preguiça de você. Mas o que me resta se só te tenho?! Agora... posso tirar uma sesta?





Ícaro Leandro Mendes de Souza

23/06/2016 às 14:38.


Um comentário:

  1. Garoto, sua linha poética está cada vez mais perfeita. Que bom que você não deixou de escrever. Espero que possa estar presente quando você publicar o seu primeiro livro.

    Abraço,

    Prof. Jonas Saboia

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