segunda-feira, março 28, 2016

Daninha

Fruir daquele momento para novamente poder existir... nesse chão com passo desatento, finjo me manter fixo ao horizonte, mergulhando num lago, desligando minha fonte, num curto circuito, escurecendo minha fronte. 
           Por mim, seria tudo diferente. Mas para que fingir? Só eu ainda estava contente.
           Em face da minha face, não queria que você chorasse, mas quantas vezes tu realmente se importou, também, com as minhas lágrimas? Agora, não é que quero que se foda, é só que não me importo mais com suas lástimas.

            Me indifere, agora, o seu perdão, pois para ser amado como me amou, melhor ficar inerte, numa banheira de solidão, já que não fiz nada para derrubar lhe a lágrima, mas fez de tudo para que o amor fosse em vão.




Ícaro Leandro Mendes de Souza

terça-feira, março 22, 2016

Mais do meu caminho

Com desgosto, gosto
Do seu olhar nefasto
Como faço para superar?
Simplesmente me desfaço!
Num certo ritmo de diariamente
Me manter num aspecto falso
Sempre mostrando os dentes
Para deixar a vida fluir
De maneira a, finalmente, me consumir.
Como fazer para tomar a rota
Para aquele lugar do mundo
Onde existe algo que me mata
De saudade, de tristeza por não ser
Mais do meu caminho
Aonde existe um mapa?
Quero que me guie
Para onde existe algo que mata
De saudade do seu carinho,
De tristeza pela sua ausência,
Ou talvez por ser um poço de inexistência,
Teria sido tudo, apenas mais uma vivência?
Eu só quero o caminho
Para voltar atrás do local
Onde quero firmar meu ninho.





Ícaro Leandro Mendes de Souza - 22/03/2016 às 17:25.



 



 

domingo, março 06, 2016

Reflexo Interior

E os olhos e rostos que vemos nas nuvens, eles se acabam como um suspiro de amor. Faces momentâneas... nos sufocamos o quanto queremos, só por desejarmos, à nossa maneira, uma velha felicidade morta. Bêbado, escrevi esses versos esperando perdão dos céus…. Mas hoje, dando continuidade, volto meus olhos para a terra, e vejo toda minha realidade idealmente construída, completamente destruída. Não pelos meus pés, nem pelos de ninguém. O fato é que os outros trilharam seus caminhos…  e eu, só me deitei sobre os escombros e desejei que as estrelas que eu via na noite fossem um espelho, refletindo meu chão.